No âmbito do Ano Europeu do Combate à Pobreza e Exclusão Social, a CIG – Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género vai patrocinar a realização de um espectáculo/debate, com a intervenção do Grupo de Teatro do Oprimido e de uma investigadora que tem estudado o fenómeno da pobreza, no dia 24 de Março, às 21h00 no Chapitô.
O espectáculo será produzido pelo Grupo de Teatro do Oprimido de Lisboa – GTO Lx e levado à cena pelo colectivo DRK, constituído por jovens da Cova da Moura e do Zambujal, no âmbito do projecto Diversidade da iniciativa EQUAL e sediado num dos bairros críticos da área da Grande Lisboa.
A Cova da Moura e as pessoas que a habitam estão habituadas a serem notícia de destaque nos meios de comunicação social, geralmente por razões associadas à pobreza e à exclusão social, reforçando assim na opinião pública uma imagem pouco gratificante e geradora de uma visão negativa dos seus habitantes, homens e mulheres. Com esta iniciativa a CIG pretende mostrar o outro lado do bairro: o lado interessante da Cova da Moura e dos/as seus/suas moradores/as.
A partir da encenação, o tema da pobreza no feminino será enquadrado pela Prof. Doutora Amélia Bastos (ISEG-UTL), que tem analisado a pobreza no feminino e a pobreza infantil, por forma a estimular o debate. No mês em que se comemora o Dia Internacional das Mulheres, introduzimos a perspectiva de género nas iniciativas do Ano Europeu, reflectindo sobre as causas profundas e estruturantes da desigualdade, olhando para a discriminação não como um problema das vítimas, mas como uma questão de qualidade da democracia e de desenvolvimento humano.
Este workshop é uma oportunidade de olharmos para a realidade pela perspectiva dos que lá vivem. “Ich bin ein berliner” foram as palavras de Kennedy para se solidarizar com os berlinenses em 1963. Então e se eu fosse da Cova da Moura? Venha experimentar, afinal de contas temos garantias…
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